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Conservacionistas têm adotado a remoção dos chifres de rinocerontes como uma medida emergencial e prática para reduzir a caça ilegal
Conservacionistas têm adotado a remoção dos chifres de rinocerontes como estratégia para proteger a espécie da caça ilegal, que é impulsionada pela alta demanda dos chifres, usados como troféus ou na medicina tradicional.
Um estudo recente publicado na revista Sciencemostrou que essa prática reduziu a caça ilegal em 78% durante sete anos em reservas da África do Sul, onde vive a maior população de rinocerontes africanos.
Conforme conta reportagem do The Washington Post, o procedimento envolve sedar os animais, que podem pesar várias toneladas, proteger seus olhos e ouvidos, e aparar os chifres — que são feitos de queratina, não têm nervos e crescem novamente em alguns anos.
Apesar da complexidade logística, a remoção não causa dor e diminui drasticamente o interesse dos caçadores por esses animais. Durante o estudo, 2.284 rinocerontes aram pelo procedimento, que consumiu pouco mais de 1% do orçamento total das reservas para combate à caça ilegal, mostrando-se muito mais econômico que patrulhas constantes.
Ainda assim, a técnica é vista como um “mal necessário” e não uma solução definitiva, já que alguns caçadores matam rinocerontes mesmo sem chifres, atraídos pelos tocos em crescimento. Além disso, há preocupações sobre os efeitos comportamentais da remoção, como a diminuição da área de vida e mudanças sociais, embora essas alterações não pareçam impactar a reprodução.
Com menos de 28 mil rinocerontes restantes no mundo — sendo o rinoceronte negro criticamente ameaçado e o branco quase ameaçado —, a caça ilegal segue intensa, alimentada por corrupção, pobreza e crime organizado. De acordo com a instituição de caridade Save the Rhino, estima-se que mais de 12 mil rinocerontes foram mortos desde 2006 apenas na África, principalmente na África do Sul.
A remoção dos chifres salva vidas, mas precisa ser combinada com outras estratégias, incluindo fortalecimento da fiscalização e combate à corrupção, para garantir a sobrevivência da espécie. Como resume Nina Fascione, diretora da Fundação Internacional do Rinoceronte, “um rinoceronte vivo sem chifre é melhor do que um rinoceronte morto com ele”.
"Você não pode simplesmente remover o chifre de um rinoceronte e depois pensar que eles estão seguros, porque os caçadores ilegais irão atrás dele mesmo por um pequeno toco de chifre", disse ao The Post.