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A cientista Laysa Peixoto, de 22 anos, foi selecionada para a turma de 2025 da Titans Space e será a primeira mulher brasileira a ir ao espaço
A cientista Laysa Peixoto, de 22 anos, anunciou nas redes sociais nesta quinta-feira, 5, que será a primeira mulher brasileira a ir ao espaço. Ela foi selecionada para a turma de 2025 da Titans Space e participará do voo inaugural da empresa, que será comandado pelo astronauta da NASA Bill McArthur. O lançamento do voo, porém, está previsto somente para 2029.
Além disso, Laysa está na lista de candidatas para futuras missões tripuladas à Lua e a Marte. "É uma enorme alegria representar o Brasil como astronauta em uma era que mudará para sempre a história da humanidade. É uma honra levar a bandeira do Brasil comigo como a primeira mulher brasileira a cruzar essa fronteira", escreveu em publicação no Instagram.
Agora, a cientista seguirá seu treinamento, que inclui voos suborbitais e missões privadas ao espaço, enquanto continua sua formação como piloto. "Ainda não caiu completamente a ficha, mas sinto uma gratidão imensa por toda a trajetória percorrida até aqui e por todos que fizeram e fazem parte dela. Esse era o sonho mais impossível que eu poderia ter", afirmou.
Laysa Peixoto Sena Lage nasceu em Contagem, Minas Gerais. Em entrevista exclusiva ao Aventuras na História em 2022, contou que sua curiosidade pelos mistérios do Universo surgiu cedo, influenciada por obras de ficção como Star Trek e Star Wars, além da série documental Cosmos, apresentada pelo astrônomo Carl Sagan.
Eu fiquei maravilhada ao ver aquelas lindas imagens do Universo. Desde aquele momento, isso ficou na minha cabeça, eu queria entender como o Universo funcionava", disse.
O fascínio pelo espaço sideral levou a mineira a iniciar sua trajetória acadêmica em física na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também integrou o programa do Observatório Astronômico.
Em 2020, conquistou o segundo lugar na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica e o terceiro lugar na Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica. Nos anos seguintes, ampliou seus estudos para matemática, engenharia e computação, além de diversos cursos de física.
Aos 18 anos, em 2021, ganhou reconhecimento internacional ao descobrir um novo asteroide durante uma campanha da NASA em parceria com a International Astronomical Search Collaboration (IASC). Ele foi batizado de LPS0003, em referência ao seu nome.
"Foram muitos meses analisando diferentes pacotes de imagem, enviando relatórios, foram muitas horas dedicadas", descreveu a respeito do processo. Seu esforço, felizmente, foi recompensado: "Ao entrar no site oficial do programa, me deparei com o meu nome e com a minha detecção, o asteroide LPS0003. Fiquei muito feliz e na hora nem acreditei direito", relembrou Laysa.
Em 2022, concluiu o programa avançado da NASA para formação de astronautas, o Advanced Space Academy. Lá, teve "aulas teóricas sobre a física das missões espaciais, astrofísica e astronáutica; estudos das missões espaciais analisando artefatos originais que foram ao espaço; além da oportunidade de conhecer e conversar com astronautas veteranos da NASA".
Vestir o traje de astronauta foi o momento mais singular e emocionante da minha vida, senti algo indescritível", relatou.
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No ano seguinte, liderou uma equipe na NASA responsável por desenvolver novas tecnologias espaciais e se tornou a primeira brasileira a conduzir experimentos em gravidade zero. Também em 2023, apareceu na lista Forbes Under 30, na categoria Ciência e Educação, que destaca jovens empreendedores e estudantes com menos de 30 anos que causaram impacto significativo.
Entre seus projetos futuros estão a sonda MADSS, planejada para ser enviada a Saturno em 2029, e a Aquamoon, uma sonda destinada a extrair e transformar água da Lua. Caso complete a missão espacial, Laysa será a terceira brasileira a sair da Terra, depois do astronauta Marcos Pontes, que foi ao espaço em 2006, e de Victor Hespanha, que participou de um voo turístico pela Blue Origin.
Na entrevista, a jovem compartilhou sua visão a respeito da participação das mulheres no campo científico, que é muito menos lembrada pela História do que as contribuições masculinas.
"Desde Hipátia de Alexandria à Rosalind Franklin, milhares de mulheres fizeram descobertas que mudaram o mundo, o grande problema é que elas foram apagadas da história propositalmente ou tiveram suas descobertas roubadas por homens. Precisamos contar a história dessas cientistas à nossa geração e às futuras gerações. Não existe uma história da ciência sem as mulheres, muito menos um presente ou futuro", concluiu.