Um medalhão contendo um suposto fio de cabelo de Maria Antonieta, cortado poucas horas antes de sua execução por guilhotina, foi vendido por R$ 47 mil
Redação Publicado em 19/05/2025, às 11h56
Um medalhão contendo um suposto fio de cabelo de Maria Antonieta, cortado poucas horas antes de sua execução por guilhotina em 1793, foi arrematado por €7.500 (cerca de R$ 47 mil) neste domingo, 18. O comprador preferiu manter o anonimato.
De acordo com a lenda sa, o cabelo da rainha, então com 37 anos, teria ficado completamente branco da noite para o dia devido ao estresse da iminente condenação. O fio, preso por uma fita e um fio preto, realmente é branco.
O medalhão de latão, que apresenta pequenos danos na parte traseira, traz também uma nota manuscrita com o seguinte texto: "O cabelo de Maria Antonieta, rainha da França, foi dado a mim por um promotor da Comuna [governo revolucionário] responsável pelas inspeções na prisão do Templo na época em que esta infeliz mulher estava detida lá." A autoria da nota é desconhecida.
Jean-Pierre Osenat, dono da casa de leilões, comentou ao The Times que, na época, era costume oferecer um fio de cabelo como presente, "considerado uma prova de amor ou amizade".
Além do medalhão, o livro de orações pessoal de Maria Antonieta também foi colocado à venda no leilão. No entanto, não atingiu o valor mínimo estipulado de €80.000 (cerca de R$ 500 mil) e, por isso, não foi arrematado.
Osenat explicou que o livro foi produzido antes dela se tornar rainha. "Quando era dauphine [princesa herdeira], ela era cercada por padres, conhecidos como a capela real. Eles carregavam este livro de orações, e quando ela se tornou rainha, ele continuou sendo seu livro de orações. Foi salvo pelo capelão do rei, monsenhor Roquelaure, bispo de Senlis e depois arcebispo de Malines", explicou.
Maria Antonieta foi a última rainha da França antes do colapso do regime monárquico e era conhecida pelo seu estilo de vida extravagante, o que a tornou alvo da insatisfação popular. Seus críticos a acusavam de promiscuidade, de ter filhos ilegítimos e de apoiar inimigos da França, incluindo sua terra natal, a Áustria.
Com o agravamento da Revolução sa, foi presa, julgada e condenada por traição, sendo guilhotinada em 16 de outubro de 1793, marcando o fim de uma era de luxo e excessos na monarquia sa.
Para Osenat, Maria Antonieta é uma figura que desperta paixões: “Ou se idolatra ou se detesta. Poucas figuras históricas despertam tanto interesse entre colecionadores. Outras são Josefina de Beauharnais e [seu marido] Napoleão.”
