Descoberta durante reforma de prédio histórico em Michigan, múmia misteriosa pode ser guaxinim, mas aparência humanoide alimenta teorias
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 13/05/2025, às 15h10
Uma criatura mumificada de aparência estranhamente humanoide está desafiando cientistas e alimentando especulações na Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos. Apelidada de "Capacabra" (uma junção entre as iniciais do Programa de Arqueologia do Campus (CAP) e o lendário chupacabra), a múmia foi descoberta durante reformas no Cook-Seevers Hall, um edifício histórico construído em 1889.
Com o tamanho aproximado de um gato pequeno, uma cauda fina e mãos surpreendentemente semelhantes às humanas, a criatura intrigou pesquisadores desde o início. Coberta por uma fina camada de tecido ressecado que lembra papel vegetal, ela possui nariz, orelhas e uma aparência geral que desafiou identificação imediata.
A estudante de doutorado Jerielle Cartales, especialista em antropologia forense, lidera a análise do enigmático espécime. Segundo ela, as primeiras hipóteses incluíam animais domésticos como gatos e cães, mas a atual aposta mais forte é que se trata de um guaxinim mumificado. Radiografias e comparações com esqueletos de animais conhecidos têm sido utilizadas, mas a falta de imagens detalhadas da dentição de guaxinins está dificultando uma confirmação definitiva.
"O formato do crânio e do focinho é compatível com um guaxinim, mas sem análise dentária, ainda não posso afirmar com certeza", explica Cartales. Ela estima com 75% de certeza que se trata do mamífero norte-americano, mas ressalta: "Como cientista, nunca direi 100%".
Segundo o 'Daily Mail', a teoria mais provável é que o animal tenha entrado no prédio por um duto de ar, ficado preso e mumificado devido às condições secas e quentes do local. Ainda assim, a aparência peculiar da criatura e seu contexto de descoberta continuam a instigar a imaginação do público e da comunidade acadêmica.
