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Notícias / Brasil

Artista plástica é condenada a mais de 10 anos de prisão por stalkear médico

Kawara Welch Ramos de Medeiros enviou 1.300 mensagens e fez mais de 500 ligações em um só dia; avó da acusada também foi condenada

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 30/05/2025, às 15h35

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Kawara Welch Ramos de Medeiros - Reprodução/Redes Sociais
Kawara Welch Ramos de Medeiros - Reprodução/Redes Sociais

A Justiça de Minas Gerais condenou a artista plástica Kawara Welch Ramos de Medeiros a 10 anos, 7 meses e dois dias de prisão por uma série de crimes cometidos contra um médico, sua esposa e o filho do casal, entre 2020 e 2023. A pena inclui condenações por perseguição (stalking), roubo com uso de violência e descumprimento de medidas protetivas.

A maior parte da pena (6 anos e 8 meses) foi aplicada pelo crime de roubo das chaves do carro e do celular da esposa do médico, ocorrido após agressões físicas. A avó de Kawara, Dalva Ramos, também foi condenada à mesma pena pelo envolvimento na subtração dos objetos. Inicialmente, ela negou os crimes, mas acabou itindo ter pegado o celular da vítima, alegando confusão com o próprio aparelho.

De acordo com o processo, Kawara perseguiu o médico de forma reiterada e obsessiva, utilizando tecnologia para monitorar os os da família e fazendo constantes aparições na residência e no local de trabalho da vítima, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Em apenas um dia, ela chegou a ligar mais de 500 vezes para o profissional e a enviar 1.300 mensagens, além de criar mais de 2 mil números de telefone para burlar os bloqueios.

Ela também produziu montagens com imagens da esposa do médico ao lado de outros homens, e chegou a abordar o filho do casal, que na época tinha apenas 8 anos. A vítima desenvolveu síndrome do pânico e insônia, segundo consta no processo judicial.

Condenação

Apesar da gravidade dos crimes, o juiz André Luiz Oliveira decidiu manter a prisão domiciliar da condenada, por entender que não houve fatos novos que justificassem o retorno ao regime fechado.Kawara foi presa em maio de 2024, após permanecer foragida por mais de um ano, e ficou detida até este mês.

A Justiça ainda determinou o pagamento de R$ 33.500,00 em indenizações por danos morais e materiais à família do médico. A defesa da vítima não quis se manifestar, alegando que o processo corre em segredo de justiça.

A jovem alega que manteve um relacionamento com o médico, que nega qualquer envolvimento. Segundo ele, o único contato com Kawara ocorreu em 2018, durante um atendimento profissional. Desde então, ela ou a procurá-lo repetidamente em plantões, na rua, por e-mail, telefone e até fisicamente.

Kawara foi presa três vezes ao longo dos últimos anos, mas descumpriu as medidas cautelares impostas pela Justiça. Sua última prisão ocorreu em uma universidade de Uberlândia, onde ela cursava nutrição.

A condenação é uma das mais severas já aplicadas com base na Lei do Stalking, sancionada em abril de 2021. O dispositivo legal criminaliza a perseguição obsessiva e reiterada que cause medo, angústia ou perturbação da liberdade e privacidade da vítima, prevendo penas de até dois anos, ampliadas em casos com agravantes — como violência ou vítimas mulheres. Aindacabe recurso da decisão.