Uma das novelas mais famosas da história da televisão brasileira, Vale Tudo, lançada em 1988, ganhará uma nova versão em breve
Publicado em 25/02/2025, às 19h10 - Atualizado em 07/03/2025, às 18h10
A novela "Vale Tudo", um grande sucesso da teledramaturgia brasileira, está prestes a receber uma nova versão 37 anos depois da estreia original.
Em homenagem as seis décadas de existência da TV Globo, a emissora investe significativamente em uma narrativa repleta de reviravoltas, que não apenas emocionou o público, mas também provocou reflexões.
Com a estreia do trailer, divulgado no final do mês ado, separamos 5 coisas que você precisa saber sobre a novela e sua nova versão. Confira abaixo!
No enredo, situado no estado do Paraná, na região Sul do Brasil, a jovem Maria de Fátima, interpretada por Bella Campos, toma uma decisão drástica ao vender a casa de sua própria mãe. Sua intenção é se mudar para o Rio de Janeiro em busca de um sonho: tornar-se modelo.
Após a morte de seu esposo, Salvador, vivido por Antônio Pitanga, Raquel, interpretada por Taís Araújo e conhecida por seu coração generoso, decide procurar a filha. Engajada, ela viaja até a capital fluminense para descobrir o que realmente aconteceu e tentar recuperar o dinheiro que foi perdido.
Na cidade maravilhosa, Raquel se depara com Ivan, papel de Renato Góes. O encontro inicial entre os dois é marcado por desentendimentos; no entanto, essa tensão logo se transforma em uma história de amor.
Contudo, o que Raquel ainda não sabe é que sua filha, Maria de Fátima, acaba se envolvendo com o enigmático César, interpretado por Cauã Reymond. Essa relação promete complicar ainda mais os laços familiares entre mãe e filha.
O clímax da trama se intensifica quando Maria de Fátima se une a César para elaborar um plano ousado visando enganar Afonso Roitman (Humberto Carrão), o herdeiro da empresária Odete Roitman (Debora Bloch).
A novela de 1988 teve um total de 204 capítulos, exibidos aos telespectadores até janeiro de 1989, no entanto, um detalhe que, de fato, marcou a história foi o assassinato de Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall.
Exibido na véspera do Natal de 1988, o mistério foi explorado em 11 capítulos e virou assunto nacional entre os noveleiros. Para se ter ideia, cinco versões diferentes foram gravadas para evitar que as pessoas desvendassem o mistério antes da hora.
O próprio elenco só soube dos detalhes do capítulo durante as gravações. Conforme o Gshow, Aguinaldo Silva revelou que a cena escolhida foi uma decisão de última hora.
Ainda sobre a morte da vilã, a nova versão da novela pode ter um assassino diferente do que o público conferiu há quase 40 anos. Em julho do ano ado, Manuela Dias, autora da adaptação, deu a entender que vai adaptar a cena.
"Aberta às parcerias, a ser transformada pelo processo e ansiosa para escolher... quem matou Odete Roitman", publicou a autora.
Além disso, Fernanda Torres seria a atriz que viveria a megera no remake, no entanto, quem ficou com a personagem foi Deborah Bloch. "Houve uma oportunidade para a Fernanda. Estamos orgulhosos. A Débora foi acolhida desde o primeiro minuto. Estamos absolutamente confiantes no trabalho que fará", explicou o diretor Paulo Silvestrini à coluna Play, do O Globo.
O folhetim caiu em polêmica com a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), que censurou um romance lésbico entre as personagens Cecília e Laís, interpretas por Lala Deheinzelin e Cristina Prochaska.
O órgão implicou com diálogos e insinuações presentes nos primeiros episódios da novela, e vetou a história do casal. Como resultado, o relacionamento foi reimaginado e a personagem Cecília morreu bem antes do que fora programado.
Felizmente, no remake, as personagens, interpretadas por Maeve Jinkings e Lorena Lima, são um casal sem censura.
"Não se referiam às duas personagens como namoradas. Existia um esforço de representatividade e que dialogava com o que a sociedade conseguia absorver naquele momento. É uma satisfação ver que a sociedade andou um pouco", disse Manuela Dias, conforme repercutido pelo O Globo.
"Brasil", música de abertura da novela, será mantida na nova versão. O clássico, cantado por Gal Costa, ou apenas uma regravação de instrumentos, visando modernizar o som.
"Entendemos que ela tem uma força incrível, está no imaginário cultural brasileiro. E a interpretação da Gal se mantém moderna e potente. Acreditamos que seja um presente para o público que assistiu à novela em 1988 e carrega a música na memória afetiva, mas também para toda uma nova geração que conhecerá essa voz e esse discurso, que foi o retrato de um Brasil", explicou Juliana Medeiros, Coordenadora de Produção Musical dos Estúdios Globo, à Coluna Play, no O Globo.
Para aqueles que não querem perder a nova versão de 'Vale Tudo', o remake será lançado pela TV Globo no dia 31 de março.
