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Matérias / Estados Unidos

Bacon é planta? 41% das crianças norte-americanas acreditam que sim

Pesquisa divulgada em 2021 revelou que 41% das crianças norte-americanas entre 4 e 7 anos acreditam que o bacon vem de uma planta

Luiza Lopes Publicado em 01/06/2025, às 11h00

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Imagem ilustrativa de pessoa cozinhando bacon - Getty Images
Imagem ilustrativa de pessoa cozinhando bacon - Getty Images

Uma pesquisa publicada no Journal of Environmental Psychology revelou que 41% das crianças americanas entre 4 e 7 anos acreditam que o bacon vem de uma planta. E esse não foi o único dado surpreendente: o estudo mostrou que muitos outros alimentos foram confundidos pelos pequenos — como batata frita, que quase metade dos participantes relacionou aos animais.

Conduzido por uma equipe de psicólogos, o estudo foi divulgado em 2021 e envolveu 176 crianças de uma área metropolitana do sudeste dos Estados Unidos. Os pesquisadores pediram que elas identificassem a origem de alimentos como queijo, nuggets de frango, pipoca, batata frita, salsicha e bacon. O objetivo era avaliar o conhecimento infantil sobre a procedência de produtos comuns em sua dieta.

Os resultados mostram um grande grau de confusão. Além dos 41% que associaram o bacon às plantas, 40% disseram o mesmo sobre a salsicha. O queijo foi classificado como vegetal por 44% dos participantes, e os nuggets de frango — apesar do nome — foram identificados como vegetais por 38%. Até a pipoca e as amêndoas foram equivocadamente consideradas de origem animal por mais de 30% das crianças. 

O caso mais insólito talvez seja o das batatas fritas: 47% das crianças afirmaram que elas vêm de animais. Por outro lado, 1% das crianças considerou a areia comestível, e um número cinco vezes maior afirmou que gato é um tipo de comida. 

A pesquisa também investigou a percepção sobre o que pode ou não ser comido. A maioria das crianças afirmou que vacas (77%), porcos (73%) e galinhas (65%) não são comestíveis — o que contrasta com a realidade da dieta onívora da maioria das famílias nos Estados Unidos.

Desinformação intencional?

Segundo os pesquisadores, esses dados revelam o quanto a infância é marcada por um desconhecimento generalizado sobre a cadeia alimentar. Eles sugerem que esse “vácuo informativo” não ocorre por acaso, mas pode refletir a decisão de muitos pais de evitarem conversas sobre a origem dos produtos animais.

“Os pais podem deliberadamente omitir informações sobre o abate de animais na tentativa de preservar a inocência das crianças, considerando a realidade da produção de carne cruel demais para ser conhecida em tenra idade. A relutância em revelar a origem animal da carne também se baseia em preocupações práticas: as crianças poderiam recusar-se a comer carne se compreendessem plenamente o que ela é e como é produzida”, afirmaram.

Em vez de lidar com o incômodo de preparar diferentes opções de refeição ou enfrentar as emoções que podem surgir ao dizer que o bacon no prato da criança já foi um porco vivo, alguns pais preferem evitar a verdade usando termos vagos — algo que pode impactar duradouramente os hábitos alimentares das crianças”.

O artigo sugere que a infância pode ser uma fase crucial para a formação de hábitos alimentares mais éticos e sustentáveis. “A maioria das crianças nos Estados Unidos consome produtos animais, mas, ao contrário dos adultos — que desenvolveram um arsenal de estratégias para justificar esse consumo —, as crianças parecem ser consumidoras ingênuas de carne", escreveram. 

Os autores indicam que elas "comem carne sem saber, talvez até contrariando uma predisposição contrária ao consumo de animais como alimento". Para os pesquisadores, a "infância pode, portanto, representar uma janela de oportunidade única para estabelecer dietas baseadas em vegetais ao longo da vida — algo que tende a ser mais difícil em fases posteriores”. 

“No âmbito familiar, o ativismo climático juvenil pode começar à mesa de jantar. Ao recusarem alimentos que violam suas crenças sobre o bem-estar animal, as crianças agiriam de maneira coerente com suas convicções morais sobre o meio ambiente. Além de reduzir sua própria pegada de carbono, esse comportamento ético na alimentação pode também influenciar as escolhas dos pais”, concluíram.