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Auroville, fundada em 1968, é um experimento social que não aceita dinheiro, governo ou religião, promovendo a unidade humana
Imagine viver em um lugar sem dinheiro, governo ou até mesmo religião. A ideia pode parecer utópica ou ter sido tirada de uma canção de John Lennon, mas essa realidade já é algo totalmente possível desde 1968. Conheça Auroville!
Situada no sul da Índia, a cidade de Auroville foi fundada pela iogue sa Mirra Alfassa, também conhecida como 'A Mãe', em fevereiro de 1968. Considerada um experimento social e espiritual, a comunidade possui três princípios simples: por lá não existe dinheiro, religião ou governo.
Auroville, embora tenha sido concebida para abrigar 50 mil pessoas, atualmente possui uma população de 3,3 mil cidadãos de 60 países diferentes — sendo cerca de metade deles de indianos e 20% de ses. O local foi nomeado em homenagem ao filósofo indiano Sri Aurobindo.
A comunidade abrange uma área de 2 mil hectares, localizada em um cinturão verde de 5 quilômetros, tendo como edifício principal o Matrimandir — um grande templo dourado usado para concentração individual silenciosa. Todos esses elementos fazem do local um centro de experimentação ecológica e urbanismo sustentável.
Como em Auroville não existe propriedade privada, quando as pessoas se mudam para lá, elas precisam ceder seus bens à comunidade.
Outro fator curioso, explica matéria do jornal O Globo, é que a comunidade não possui um governo, mas o que não a torna anarquista; visto que as decisões são tomadas por consenso dos moradores. Auroville também possui comitês e grupos responsáveis por istrar os campos de saúde, educação, infraestrutura e economia.
Por lá também não existe dinheiro, com os gastos financiados por um subsídio anual do governo. Estima-se que cada residente 'receba' o equivalente a 225 dólares mensais. No entanto, todas as transações financeiras necessárias são feitas através de contas comunitárias.
Em Auroville também não existe uma religião estabelecida, embora a comunidade espera que seus moradores sigam uma vida espiritual. Em seu site oficial, a cidade aponta que Auroville não é um local recomendado para quem está ligado fortemente a uma religião específica.
Por fim, vale ressaltar que em Auroville o trabalho coletivo é visto como fundamental. Um exemplo disso é reflorestação da região: antes um deserto, mas que foi transformado em floresta após a plantação de mais de três milhões de árvores.
Os moradores também tentam ser autossuficientes, cultivando cerca de 50% dos alimentos que precisam e utilizando formas de energia renovável.
Uma cidade que pertence a toda a humanidade", diz o lema de Auroville.
A comunidade conta com o reconhecimento do governo indiano e o apoio da Unesco. Na Carta de Auroville, além do lema, é descrito que a cidade também busca a educação e o progresso constante — servindo como uma ponte entre o ado e o futuro; tudo isso se baseando na combinação de descobertas materiais e espirituais como uma forma de manifestar a verdadeira unidade humana.
Mas isso não significa que Auroville não possui conflitos e críticas, tanto internas quanto externas. Afinal, são constantes as disputas no local no que diz respeito a desenvolvimento, relacionamento e economia.
A cidade, inclusive, já sofreu com acusações de corrupção, o que acabou separado a comunidade em dois: um grupo que luta pelo progresso gradual da comunidade e os adeptos de seguirem o plano original de Auroville.