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Membros da dinastia Han, na China, acreditavam em um significado crucial
O espaço que a morte ocupa está presente desde os primórdios da humanidade, acompanhando o homem e ao qual são atribuídos diversos rituais, todos com o objetivo de honrar e apaziguar.
Na China, desde o período neólito (6000 AC) as pessoas demonstravam grande fascínio pela utilização e manuseamento da pedra jade. A pedra dura e compacta ou a ser usada para produzir ferramentas rituais e ornamentais, armas e outros objetos como símbolos de poder político e autoridade religiosa.
Com a existência da dinastia Han (a segunda dinastia imperial da China) a partir de 202 a.C, a pedra atingiu o seu auge no uso. Além disso, a pedra lhe são atribuídas os mais diversos significados. Pelas suas características (bela, mas, resistente) tornou-se associada às concepções chinesas da alma, imortalidade e proteção.
Estas características aparecem inicialmente nos escritos do historiador chinês Sima Qian (145 - 86 AC) sobre o Imperador Wu de Han (157 AC -87 AC). A descrição diz que ele tinha uma taça de jade inscrita com as palavras "Longa Vida ao Senhor dos Homens", de onde bebeu um elixir de pó de jade misturado com o orvalho doce.
Han acreditava que cada pessoa tinha dois tipos de alma: a alma-espírito (hun 魂) que viajou para o paraíso dos imortais (xian), e a alma-corpo (po 魄) que permaneceu na sua sepultura ou túmulo na terra e só se reuniu com a alma-espírito através de uma cerimônia ritual.
Desta forma, os governantes da dinastia Han acreditavam que a pedra jade preservaria o corpo físico e as almas a ele ligadas na morte. Assim, começaram a colocar pequenos discos de jade nos túmulos.
Esta prática assumiria uma dimensão maior quando o corpo começou a ser enterrado envolvido numa armadura completamente feita de jade. A armadura era constituída por pedaços polidos e cosidos com fio de ouro, prata, cobre ou seda, dependendo do status social, e que ao envolver o corpo lhe concederia a imortalidade.
Calcula-se que seriam precisos artesãos para polir as placas de jade, necessárias para um único item, enfatizando o poder e a riqueza do falecido.
Durante o reinado do primeiro imperador do estado de Wei no período dos Três Reinos (220-280 d.C.) a prática caiu em desuso, afinal, existia o temor de ladrões de túmulos que pretendiam recuperar os metais precisos usados para montar as armaduras.