{ "@context": "http://schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/impacto-de-meteorito-na-escocia-pode-redefinir-origem-da-vida-na-terra.phtml" }, "headline": "Impacto de meteorito na Escócia pode redefinir a origem da vida na Terra", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/impacto-de-meteorito-na-escocia-pode-redefinir-origem-da-vida-na-terra.phtml", "image": [ { "@type":"ImageObject", "url":"https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Faventurasnahistoria.com.br%2Fmedia%2Fs%2F2025%2F05%2Fah-padrao-2025-05-13t112403614.jpg", "width":"1280", "height":"720" } ], "dateCreated": "2025-05-13T11:45:00-03:00", "datePublished": "2025-05-13T11:45:00-03:00", "dateModified": "2025-05-13T11:45:00-03:00", "author": { "@type": "Organization", "name": "Aventuras na História" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Aventuras na História", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/static/logo/ah.svg", "width":"120", "height":"60" } }, "articleSection": "Not\u00edcias", "description": "Estudo revela que o impacto ocorreu 200 milhões de anos mais tarde do que se pensava, levantando questões sobre a origem da vida fora dos oceanos" }
Estudo revela que o impacto ocorreu 200 milhões de anos mais tarde do que se pensava, levantando questões sobre a origem da vida fora dos oceanos
Uma nova pesquisa da Curtin University revelou que um meteorito atingiu o noroeste da Escócia cerca de 990 milhões de anos atrás — aproximadamente 200 milhões de anos mais tarde do que se acreditava anteriormente.
A descoberta não apenas reescreve parte da história geológica do país, como também altera a compreensão das condições que marcaram a evolução da vida não marinha na Terra. O estudo foi publicado na revista Geology.
O impacto deu origem à formação rochosa conhecida como "Stac Fada Member" ("Membro do Stac Fada"), cujas camadas preservam evidências cruciais sobre o ado remoto do planeta, incluindo o papel de colisões cósmicas nas mudanças ambientais e na trajetória da vida terrestre. Até então, esse evento era datado em 1,2 bilhão de anos.
A equipe de pesquisa utilizou minúsculos cristais de zircão como “cápsulas do tempo” para determinar a idade precisa do impacto. Em comunicado, o professor Chris Kirkland, autor principal do estudo e integrante do Frontier Institute for Geoscience Solutions da Curtin University, explicou que esses cristais registraram o momento exato da colisão.
Alguns deles chegaram a se transformar em reidite, um mineral extremamente raro que só se forma sob pressões altíssimas, o que confirmou de forma inequívoca a origem meteórica da formação.
Quando um meteorito atinge o solo, ele reinicia parcialmente os relógios atômicos dentro dos cristais de zircão, e esses ‘relógios quebrados’ muitas vezes não podem ser datados. Mas desenvolvemos um modelo para reconstruir quando essa perturbação ocorreu, confirmando o impacto em 990 milhões de anos atrás", afirmou.
Outro dado importante é que esse impacto ocorreu na mesma época em que surgiram alguns dos primeiros eucariotos de água doce — organismos que mais tarde dariam origem a plantas, animais e fungos. “Isso levanta questões fascinantes sobre se grandes impactos podem ter influenciado as condições ambientais de formas que afetaram os ecossistemas iniciais", disse Kirkland.
Coautor da pesquisa, o professor Tony Prave, da School of Earth and Environmental Sciences da Universidade de St Andrews, também destacou que a área atingida era uma paisagem de rios, lagos e estuários com ecossistemas microbianos em pleno funcionamento.
Impactos geralmente varrem a superfície da terra e criam crateras profundas. O que torna Stac Fada única é que ela preserva não apenas o registro do evento de impacto, mas também da própria superfície terrestre sobre a qual esses ecossistemas antigos existiam antes do impacto e, mais importante, como se recuperaram de um desastre natural como esse", acrescentou Prave.
Embora a cratera formada pela colisão ainda não tenha sido encontrada, os pesquisadores reuniram novos indícios que podem auxiliar em sua localização. Como ressaltou Kirkland, "entender quando ocorreram impactos de meteoritos nos ajuda a explorar sua possível influência no ambiente terrestre e na expansão da vida para além dos oceanos.”
O estudo foi realizado em colaboração com o NASA Johnson Space Center, as universidades de St Andrews e Portsmouth, e a empresa Carl Zeiss Microscopy Ltd.