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Amostras de rochas vulcânicas no Havaí contêm material que ou pelo núcleo da Terra, a quase 3 mil quilômetros de profundidade
Publicado em 22/05/2025, às 11h36
Uma equipe de pesquisadores se surpreendeu ao, após analisarem rochas provenientes de ilhas vulcânicas no Havaí, encontrarem evidências de que o núcleo da Terra pode estar vazando. Essa descoberta surpreende, pois indica que o material pode ser empurrado não apenas para o manto, como também para a crosta do planeta.
Essa descoberta questiona percepções clássicas sobre a estrutura de nosso planeta, que anteriormente pensavam que as camadas interiores não interagiam entre si. As descobertas foram descritas em artigo publicado nesta quarta-feira, 21, na revista Nature.
Anteriormente, outras pesquisas já apontaram para a existência de material do núcleo da Terra em algumas rochas vulcânicas, segundo a Revista Galileu. Isso foi registrado em exemplares da Ilha de Baffin, no Canadá, por exemplo, com quantidades surpreendentes de hélio-3 em comparação com o hélio-42, o isótopo mais comum.
A presença destes materiais pode sugerir trocas a cerca de 2,9 mil quilômetros abaixo da superfície do planeta, na fronteira entre o manto e o núcleo. Vale mencionar que o núcleo é composto principalmente de metais como ferro e níquel, mas outros elementos também podem sugerir o escape.
Agora, conforme explica Matthias Willbold, coautor do novo estudo, em entrevista à Nature, está comprovado que esses indícios anteriores "não eram equivocados": "O hélio e o hidrogênio não são elementos específicos do núcleo. Eles também podem fazer parte do manto", comenta.
Buscando mais evidências convincentes da interação entre as camadas da Terra, os pesquisadores se concentraram na identificação do rutênio, um metal raro semelhante à platina que pode ser encontrado no núcleo. Para isso, mediram quantidades relativas de rutênio com massa atômica de 100, 101 e 102, coletados em amostras de rochas do Havaí.
É importante ressaltar que o Havaí é um local ideal para procurar por rochas que podem ter se originado no manto profundo, pois muitas de suas ilhas são produzidas por um "ponto quente", no qual o magma entrou em erupção e formou as ilhas.
Outro pesquisador envolvido no estudo, Nils Messling, em busca de dados mais precisos, aprimorou a técnica de extração de minúsculos traços de rutênio de amostras de rocha, antes de á-las por um espectrômetro de massa. "As diferenças esperadas eram tão pequenas que as análises anteriores não conseguiriam captar esse sinal".
Foi graças a isso que o grupo de pesquisa descobriu, de fato, que as s do isótopo de rutênio eram substancialmente diferentes das observadas em outras áreas da crosta terrestre. Esses resultados vão de acordo com o que se espera da formação do núcleo, considerando a história geológica da Terra.
Isso porque o núcleo se formou há mais de quatro bilhões de anos, ao o que o manto e a crosta, embora antigos, também contam com muito material posterior, proveniente de meteoros. Logo, isso significa que essas diferentes regiões possuem concentrações de isótopos distintas, que podem se refletir em diferenças entre o núcleo, o manto e a crosta.
Agora, ainda é cedo para descartar completamente explicações alternativas, mas os novos dados apoiam a hipótese de que o magma que transporta material para a superfície deve se originar do limite entre o núcleo e o manto.