Irmgard Furchner foi condenada por cumplicidade na morte de 10 mil pessoas durante o Holocausto
Redação Publicado em 20/12/2022, às 07h56
Aos 97 anos, Irmgard Furchner responde por crimes cometido durante o Holocausto nazista ocorrido na Segunda Guerra. Nesta terça-feira, 20, ela fora condenada a dois anos de prisão, com suspensão da pena, pela cumplicidade na morte de mais de 10 mil vítimas durante o regime de Hitler.
Na época, conforme repercutido pelo R7, Irmgard atuou como secretária de um campo de concentração. Dominik Gross, juiz a frente do caso, determinou o papel da ex-secretária como 'assassinato cruel e maligno' de prisioneiros no campo de concentração de Stutthof, na Polônia, alvo dos nazistas de 1939 até 1945. O local, inclusive, recebeu mais de cem mil vítimas.
Em novembro, a promotora Maxi Wantzen detalhou que a ex-secretária tinha entre 18 e 19 anos na época dos crimes. Ela trabalhava como datilógrafa e secretária do líder do campo, Paul Werner Hoppe, com um cargo de 'importância essencial' no sistema do campo de concentração.
A promotora também disse que a atuação de Furchner "garantiu o bom funcionamento do campo" e resultava no "conhecimento de todos os eventos e acontecimentos em Stutthof".
Em novembro, a ex-secretária do campo de concentração se manteve em silêncio durante o julgamento. Wolf Molkentin, defesa da agora condenada, chegou a falar em novembro que "Ela não falou e não vai falar, que eu saiba".
O campo de Stutthof, próximo de Gdansk, palco de 65 mil mortes, recebeu "detentos judeus, guerrilheiros poloneses e prisioneiros de guerra soviéticos" que foram assassinados de maneira sistêmica, de acordo com historiadores.
A condenação de Irmgard Furchner compreende mais um capítulo dos esforços da Alemanha para responsabilizar os nomes que atuaram de maneira ativa no Holocausto Nazista.
