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Notícias / Arqueologia

Descoberta na Indonésia pode reescrever a história da evolução humana

Crânio de Homo erectus encontrado no Estreito de Madura, junto a milhares de fósseis, revela traços de uma antiga civilização na Sundalândia

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 26/05/2025, às 14h00

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Exemplo de crânio de Homo erectus - Getty Images
Exemplo de crânio de Homo erectus - Getty Images

Enterrado por mais de 140 mil anos sob lama e areia no fundo do mar, entre as ilhas de Java e Madura, na Indonésia, um crânio de Homo erectus foi descoberto e está revolucionando o entendimento científico sobre a presença humana na Ásia pré-histórica.

A descoberta, feita originalmente por mineradores de areia marinha em 2011, acaba de ser oficialmente analisada e datada, revelando evidências de ocupação humana em uma terra há muito submersa conhecida como Sundalândia.

A equipe internacional liderada pelo arqueólogo Harold Berghuis, da Universidade de Leiden, anunciou que o local onde o crânio foi encontrado representa a primeira localidade fóssil subaquática conhecida de hominídeos em Sundaland — uma vasta planície tropical que conectava grande parte do Sudeste Asiático durante o Pleistoceno Médio, antes de ser engolida pelo mar com o derretimento das geleiras entre 14.000 e 7.000 anos atrás.

Além dos fragmentos de crânio, os pesquisadores catalogaram mais de 6.000 fósseis de animais, incluindo espécies icônicas como o dragão-de-komodo, veados, búfalos, antílopes e até o extinto Stegodon, um gigante herbívoro semelhante ao elefante moderno, que podia atingir 4 metros de altura.

Marcas de corte encontradas em alguns desses fósseis sugerem estratégias de caça avançadas praticadas por humanos arcaicos — uma janela rara para os comportamentos adaptativos dessas populações em resposta às mudanças ambientais. Os vestígios de fauna, por sua vez, revelam um ecossistema de pastagens abertas, savanas e florestas tropicais, que sustentavam uma rica biodiversidade e ofereciam recursos para comunidades humanas móveis e caçadoras-coletoras.

Confirmação

A datação por luminescência opticamente estimulada (OSL) confirmou que os sedimentos e fósseis se situam entre 162.000 e 119.000 anos atrás, período em que o Homo erectus já demonstrava notável mobilidade e variação morfológica no Sudeste Asiático.

Fragmentos do crânio foram comparados com fósseis da mesma espécie encontrados em Java, confirmando sua identificação e ampliando o alcance geográfico conhecido do Homo erectus.

Segundo o 'Daily Mail', a análise geológica também identificou um antigo sistema de vales e rios — como o desaparecido Rio Solo —, o que reforça a hipótese de que Sundalândia foi um centro vital de atividade humana pré-histórica, agora escondido sob o mar.

Segundo Berghuis, esta descoberta destaca o papel crucial das paisagens submersas na reconstrução da evolução e migração humanas. "Essas terras afundadas guardam capítulos inteiros da história humana ainda inexplorados. Estamos apenas começando a desenterrá-los, literalmente", afirmou.